Em 1531, a Bem-aventurada Virgem de Guadalupe apareceu a Juan Diego, um indígena asteca que se converteu ao cristianismo. Naquele período, reinava no México uma onda de violências e, sobretudo, de contínuas violações da dignidade humana. A população indígena era a que mais sofria graves discriminações.
Maria, sob o título de Nossa Senhora de Guadalupe se tornou padroeira da América Latina por encarnar no território a mesma cor, o mesmo olhar e a mesma vivência de uma terra marcada pela luta e a preservação da vida.
Em sua imagem se destaca o manto típico do povo asteca mexicano e a túnica simples, mas também no olhar se nota características que chamam atenção. O padre Oscar Quevedo, jesuíta fundador do CLAP (Centro Latino Americano de Parapsicologia sempre dizia que se tratava de um dos maiores milagres católicos, já que a imagem apresentava algumas características além de uma simples obra de arte humana. Como se lê no site do vaticano: “Na imagem impressa no manto, os olhos de Maria apresentam ramificações venosas como o olho humano. Nas pálpebras aparecem detalhes de extraordinária precisão. Trata-se de imagens tão pequenas que, para ser vistas, foram necessárias técnicas, com lentes de aumento, até duas mil vezes maiores. No olho direito aparece uma família indígena: uma mulher, com uma criança nas costas, e um home com um chapéu, tipo sombreiro, que os observa. No olho esquerdo aparece um homem barbudo idoso, identificado como o Bispo [que acolhe Juan Diego ao apresentar a imagem em seu manto].”
Maria, padroeira é presença real dos Planos de Deus em nosso território, é o olhar da Mãe diante da realidade dos seus filhos e filhas que habitam essa longa faixa territorial que sofrem com a exploração colonial e a liderança opressora de poderes humanos, mas também se colore com as alegrias da diversidade cultural e ambiental para a realização do Reino do Pai.