No início de manhã (7h35 do horário de Brasília) nossa Igreja recebe a triste notícia da despedida do Papa Francisco. O primeiro Latino-americano da história a assumir o episcopado de Roma, também deixa a marca de um Papa humilde, simples, autêntico que buscava que a Igreja se avaliasse em sua trajetória para ser uma Igreja em Saída, ou seja, uma comunidade que buscasse e se encontrasse com as pessoas.
Jorge Mario Bergoglio nasceu na capital argentina no dia 17 de Dezembro de 1936, filho de emigrantes piemonteses, era um dos dos cinco filhos do casal Mário e Regina Sivori. Formou-se como técnico químico, mas escolheu o caminho do sacerdócio, entrando no seminário diocesano de Villa Devoto da Companhia de Jesus (Jesuítas). Completou os estudos no Chile e, tendo voltado para a Argentina, em 1963 obteve a licenciatura em filosofia no colégio de São José em San Miguel. De 1964 a 1965 foi professor de literatura e psicologia no colégio da Imaculada de Santa Fé e em 1966 ensinou estas mesmas matérias no colégio do Salvador, em Buenos Aires. De 1967 a 1970 estudou teologia, licenciando-se também no colégio de São José.
Ordenou-se sacerdote no dia 13 de dezembro de 1969. Já, em 20 de Maio de 1992 João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires. No dia 27 de Junho recebeu a ordenação episcopal como lema: “Miserando atque eligendo” (Com Misericórdia, o escolheu).
Foi escolhido como papa no dia 13 de março de 2013. E disse ter escolhido o nome de “Francisco” por ter sido referência a São Franciso de Assis, pois ao seu lado estava o cardial brasileiro Claudio Hummes, a quem referiu em entrevista: “Ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’. Aquilo entrou na minha cabeça. Imediatamente lembrei de São Francisco de Assis.”
Em 2021 o Papa Francisco convocou o Sínodo dos Bispos para um processo de escuta para nossa Igreja e seus passos na atualidade. Após um percurso de três anos, que se concentrou no tema “Por uma Igreja sinodal. Comunhão, participação, missão”, o Papa aprovou no ultimo dia 11 de março os passos para o Sínodo, marcando para 2028 a Assembleia eclesial que será realizada no Vaticano e será precedida por um caminho de acompanhamento em todas as dioceses do mundo.
Atualmente, também, sob a liderança do Papa Francisco, a Igreja celebra o Jubileu da Esperança, foi solenemente inaugurado o em 24 de dezembro de 2024, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, marcando o início de um período de perdão, cura e esperança para toda a humanidade, que está sendo celebrado em nossa Diocese.
Nesse dia de tristeza, pela despedida do querido Papa Francisco, nosso bispo, Dom João Batista de Oliveira, emite uma nota em nome da diocese e nos convoca a unirmos em preces pela celebração da Páscoa Definitiva do nosso Papa. Dom João disse, em entrevista, que teve a graça de encontra-se com o Papa: “Eu tive a grande alegria e oportunidade de estar com ele em 2018, quando eu estava como provincial da província centro da minha Congregação dos Missionários do Verbo Divino”, disse.
Leia na integra a nota de nossa Diocese:
NOTA OFICIAL DA DIOCESE DE CORUMBÁ
COMUNICADO DE PESAR PELO FALECIMENTO DO PAPA FRANCISCO
Corumbá, 21 de abril, de 2025, Oitava da Páscoa
É com profunda dor, imensa tristeza, mas com grande esperança na Ressurreição, que a Diocese de Corumbá, unida a toda a Igreja Católica, recebe a notícia do falecimento do nosso amado Papa Francisco, ocorrido nesta manhã de segunda-feira, dia 21 de abril, às 7h35, no primeiro dia da Oitava da Páscoa, tempo em que celebramos a vitória de Cristo sobre a morte.
O Santo Padre partiu para a Casa do Pai deixando um legado de incansável dedicação aos pobres, aos marginalizados e à retomada de uma Igreja mais misericordiosa e acolhedora. Como o primeiro Pontífice latino-americano da história, soube trazer para a Sé de Pedro o olhar compassivo e o coração aberto que marcam nossa identidade continental, sempre com um carinho especial pelo Brasil, onde, em suas visitas, derramou bênçãos e palavras de esperança.
Sua vida foi um testemunho eloquente do Evangelho: defensor da justiça social, promotor do diálogo e pastor próximo de seu rebanho, especialmente dos mais fragilizados. Em seus ensinamentos, ecoou sempre o chamado a uma “Igreja em saída”, que leva a luz de Cristo aos confins e por todo o mundo.
Sua partida durante o Jubileu e o Sínodo, nos compromete a caminharmos como Igreja que acolhe e luta pela Paz, como proferiu em sua ultima mensagem pública no dia de ontem!
Neste momento de profunda oração, convidamos todos os fiéis, sacerdotes, religiosos e comunidades de nossa Diocese a se unirem em oração pelo eterno descanso de Sua Santidade, confiando-o à misericórdia divina. Todas as Celebrações deste dia, em nossa Diocese, serão na intenção do descanso do nosso Papa. Que a Virgem Maria, a quem ele tanto amava, interceda por seu descanso e console a Igreja em sua partida.
Que o Papa Francisco, servo fiel do Reino, descanse em paz e, pela ressurreição de Cristo, alcance a alegria da vida eterna.
Dom João Batista de Oliveira, SVD
Bispo Diocesano de Corumbá
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