O Sábado Santo, ou Sábado de Aleluia, é um dia de profundo silêncio e esperança na tradição católica. A Igreja contempla o Cristo morto no sepulcro, aguardando, em oração, o grande mistério da Ressurreição. Este dia não é apenas uma pausa entre a dor da Sexta-Feira Santa e a alegria do Domingo de Páscoa, mas um momento rico em significado teológico: no Sábado Santo, experimentamos o “silêncio de Deus”, que não é ausência, mas profundidade de amor. Cristo desce à mansão dos mortos (1Pd 3,19), levando a salvação até os confins da existência humana. A noite da Vigília Pascal celebra a passagem das trevas para a luz, simbolizando a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. O Círio Pascal, com sua chama acesa, representa o Cristo ressuscitado, “a luz que ilumina todo homem” (Jo 1,9). Como nos lembra o Papa Francisco, “a esperança cristã não é um simples otimismo, mas a certeza de que Deus venceu a morte”. No Sábado Santo, aprendemos que, mesmo no aparente silêncio, Deus está trabalhando.
O Santo Padre nos recorda que “a Páscoa não é um ritual do passado, mas a força de Deus que transforma o presente”. Neste mundo marcado por guerras, desigualdades e crises ecológicas, a Ressurreição nos desafia a sermos “artesãos de paz e guardiões da criação”.
Como Jesus saiu do túmulo, somos chamados a sair de nossos “túmulos” modernos: o egoísmo, a indiferença, o medo. Que esta Páscoa nos renove na fé e nos envie em missão, para que, como diz Francisco, “ninguém fique excluído da alegria do Evangelho”.
Nesta Páscoa, celebramos a vitória definitiva de Jesus sobre a morte! Ele ressuscitou e nos convida a renascer com Ele, deixando para trás tudo o que nos aprisiona. Que a luz do Cristo Ressuscitado ilumine nossas famílias, nossas comunidades e toda a região pantaneira, trazendo esperança, justiça e fraternidade.
Que, inspirados pelo Evangelho e pelo cuidado com a Casa Comum – como nos pede o Papa Francisco –, sejamos sinais vivos da ressurreição, levando alegria aos que sofrem, acolhida aos marginalizados e amor onde há indiferença.
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